Amanhã. Sexta-feira, 29 de abril. No último dia útil da semana, a CUT, as centrais sindicais e parceiros dos movimentos sociais vão às ruas de todo o Brasil por direitos e contra a onda conservadora da direita que quer aproveitar a crise para derrubar as conquistas da classe trabalhadora.
De bancários a metalúrgicos, de condutores a operadores de telemarketing, de comerciários a servidores públicos, no campo e na cidade os trabalhadores vão cruzar os braços contra retrocessos como os projetos de terceirização sem limites.
Após aprovado na Câmara, o PL 4330 (Projeto de Lei) aguarda votação no Senado como PLC 30 (Projeto de Lei da Câmara). Se passar, os parlamentares vão rasgar a CLT. Os trabalhadores contratados diretamente serão demitidos nas empresas pelos terceirizados, sem direitos, com salário menor e maior carga de trabalho. Já os terceirizados serão substituídos por quarteirizados em situação ainda pior. Com isso teremos o fim do 13º, das férias remuneradas, do FGTS, do Seguro-Desemprego da estabilidade para os servidores públicos, aumento da rotatividade no emprego e das demissões.
A terceirização só interessa aos empresários, que se utilizam desta prática criminosa que precariza ainda mais relações de trabalho, reduz salários e aumenta os riscos de acidentes e mortes no trabalho, com o único objetivo de aumentar ainda mais seus lucros à custa dos/as trabalhadores/as.
Contra o Ajuste Fiscal, por Direitos
Também continuaremos mobilizados para que a presidenta Dilma Rousseff vete as Medidas Provisória (MP) 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e contra a MP 665, que dificulta o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego, prejudicando especialmente os mais jovens.
A primeira já foi aprovada na Câmara e no Senado e a segunda já passou pelo crivo, dependendo apenas da segunda Casa para ir à sanção da presidenta.
Essas medidas adotadas pelo governo federal fazem parte do pacote de ajuste fiscal do ministro da Fazenda Joaquim Levy, que prevê profundos cortes no orçamento da União, mas mexendo no bolso dos trabalhadores e dos mais pobres.
Somos contra quaisquer medidas de ajuste fiscal que tragam prejuízo aos trabalhadores, que possam gerar desemprego, recessão, ou que restrinjam o acesso a políticas públicas e programas de inclusão, como o Minha Casa Minha Vida. Defendemos a taxação das grandes fortunas, como primeiro passo para uma reforma tributária necessária em nosso País.
Contra a Corrupção
Corrupção se resolve com reforma política, com a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e não com golpe de Estado. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político brasileiro continuará a atender aos interesses das empresas que financiam as campanhas, e não aos interesses do povo brasileiro.
Por isso, dizemos não à PEC da Corrupção (PEC 182) que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) conseguiu passar por baixo do tapete por meio de um golpe na pauta legislativa, legalizadno o financiamento empresarial de campanha que agrava ainda mais a corrupção no Brasil. Exigimos punição de todos os corruptos e corruptores!
Total apoio aos professores de todo o Brasil
Dia 29 de maio completa um mês do massacre da polícia do Paraná, comandada pelo tucano Beto Richa, aos professores e à educação. Total apoio às greves de professores que ocorrem em vários estados do País, especialmente em São Paulo, cujo governo não negocia e entra na justiça contra o direito de greve, e também nas universidades federais e estaduais. Esta luta é de todos nós.