Na noite desta sexta-feira (29), a CUT e outros movimentos sindical e sociais encerraram, em um ato na Praça da República, região central de São Paulo, o Dia Nacional de Paralisação. O tom dos discursos era de vitória pelas ações em todo o País, que cooperaram para alertar sobre os riscos das MPs 664 e 665, além do PL 4330 ao trabalhador.
O ato ocorreu após assembleia da Apeoesp que definiu que os professores ficarão, pelo menos, mais uma semana em greve, o que já torna essa paralisação a maior da história do estado. “Temos que sair daqui de cabeça erguida, com a honra de quem resiste. Não adianta cortar nossos salários e mexer em nossos direitos, muito menos jogar a mídia contra a gente, vamos resistir”, bradou ao microfone a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha.
Para Julio Turra, dirigente da CUT, o “Dia Nacional de Paralisação” foi exitoso em seus propósitos. “Paralisamos transporte, bancos, fábricas e escolas por todo o País. Em todos os estados houve paralisação. Venha de onde vier a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a CUT mostra, em parceria com outras sindicais e movimentos, que não vai ficar parada, vamos lutar”, afirmou.
A praça da República estava lotada, com movimentos e centrais sindicais unidos em torno de uma única pauta, a defesa do trabalhador e da trabalhadora. Porém, também se falou da mais recente disputa no Congresso Nacional, a contrarreforma política, encampada pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“O Congresso brasileiro está sendo privatizado e estão querendo terceirizar todo o nosso povo. A mídia, comandada pelos mesmos barões, nos criminaliza. Nossa mensagem de união tem que seguir pelo País e precisamos barrar essa reforma que vai favorecer o capital”, defendeu Raul Amorim, do MST.
Por fim, Julio Turra afirmou que se necessário for, a CUT negociará com os trabalhadores do País uma “greve geral”.