A audiência de conciliação nos autos do processo de dissídio coletivo de greve, realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho 14ª Região (TRT14), sob a presidência do desembargador, Shikou Sadahiro, com a presença da procuradora do trabalho, Marielle Rissane Guerra Viana Cardoso, nesta quinta-feira (13) não resultou em acordo entre o Sindicato dos Urbanitários de Rondônia (Sindur) e a Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd).
Para conciliação o Sindur propôs que a empresa garantisse o pagamento dos trabalhadores do menor para o maior, pagando primeiro os efetivos, e somente após isso, o pagamento da diretoria e dos cargos comissionados, sob pena de multa. O pagamento dos sete dias de greve de 2016 que ainda estão pendentes e a garantia de ausência de desconto dos dias parados durante a atual paralisação. Aguardar a proposta do Conselho de Administração da Caerd, quanto a nova proposta de perdas salariais, no importe de 3,9870%, bem como, ganho real na ordem de 2,64%, discutidas no presente dissídio coletivo, além da proposta para implantação do percentual garantido na sentença normativa de 7%, além do pagamento do retroativo considerando a data base 1/5/2016. Que a empresa se abstenha de nomear novos cargos em comissão até o julgamento final da ação civil pública nº 666/2015.
A audiência resultou infrutífera tendo em vista que os representantes da Caerd informaram ser necessário levar a proposta ao Conselho de Administração, já que não possuíam autonomia para analisar e firmar o acordo proposto na audiência. Segundo os representantes somente nesta sexta (14) o Conselho irá se reunir para avaliar as solicitações dos trabalhadores.
A Caerd tem até a próxima terça-feira (18), para apresentar defesa, após este prazo aguarda-se a manifestação do Ministério Público do Trabalho (MPT), para a partir daí sortear novo relator do processo para o julgamento, podendo o mesmo solicitar nova reunião de mediação.
Diante dos fatos a paralisação chega ao seu terceiro dia e permanece por tempo indeterminado, respeitando a decisão do TRT, mantendo 70% do efetivo em atividade assegurando a prestação de serviços à população.
O Sindur espera que após a reunião do Conselho de Administração a empresa possa apresentar uma proposta plausível que possa vir a sanar os prejuízos sofridos pelos trabalhadores que já se arrasta há anos.