No dia 28 dezembro de 2015 acontecerá, em Brasília, à Assembleia Geral dos Acionistas da Eletrobras, uma data emblemática, primeiro pela própria escolha oportunista do dia, quase ao apagar das luzes de 2015 e também pelo fato de constar na pauta um item altamente danoso aos trabalhadores do Sistema Eletrobras, que tem a seguinte redação no item n.º 9: “Adotar providências imediatas para a venda do controle acionário, até o final de 2016, das controladas Companhia Energética do Piauí – CEPISA; Companhia Energética de Alagoas – CEAL; Companhia de Eletricidade do ACRE – ELETROACRE; Centrais Elétricas de Rondônia S.A- CERON; Boa Vista Energia S.A; Amazonas Distribuidora de Energia S.A e Celg Distribuição S.A –CELG D, nos termos da legislação aplicável ao Plano Nacional de Desestatização, em especial a Lei número 9.491/1997”
A face entreguista e privatista da atual direção do Sistema Eletrobras já tinha sido detectada desde o inicio, o histórico de todos os indicados que hoje comandam a Holding, não deixava dúvidas que a missão dada pelos seus padrinhos políticos era a de privatizar a qualquer custo a Eletrobras. E o começo é pelas distribuidoras de energia, empresas estratégicas para o capital privado, pela sua alta lucratividade.
Mas para toda ação existe uma reação e os trabalhadores não vão ficar olhando a banda passar, pelo contrário vão à luta como sempre fizeram, foi assim no auge do neoliberalismo de FHC, e será agora diante de um governo eleito com grande apoio da classe trabalhadora, mas que assume contraditoriamente uma posição conservadora, e decide vender empresas que ao longo dos anos tem sido estratégicas para o crescimento econômico e social das regiões norte, nordeste e centro-oeste.
O CNE tem trabalhado incessantemente para barrar a venda das distribuidoras de energia, buscando a articulação com parlamentares dos mais variados partidos, a CUT , a CTB, os movimentos sociais, como o MAB. Outra ação é a marcação de uma reunião com a direção do Sistema Eletrobras, que já foi confirmada e será realizada no dia 16 de dezembro, no Rio de Janeiro.
Aos companheiros e companheiras das geradoras que ainda não despertaram para a importância dessa luta, é fundamental lembrar que o processo de privatização começa assim, primeiro uma empresa, depois outra, e o por fim o capital privado pressiona para controlar todo o setor. E o resultado dessa ação já é conhecido: demissões em massa, perda de direitos, terceirização em larga escala, ou seja, precarização total do trabalho.
O CNE entende que este é o momento de se organizar e mobilizar. Mostrando aos privatistas de plantão que os trabalhadores vão à luta para impedir esse crime de lesa pátria. Vamos demitir essa direção incompetente da Eletrobras, antes que ela acabe com nossos postos de trabalho.
Não a privatização!
Como sempre afirmamos na “Eletrobras o Governo é do PT, mas a Gestão é Tucana”, será que a Presidenta Dilma vai TUCANAR?
AGENDA CNE
15/12- Reunião de preparação- 14 horas- FNU
16/12- 11 horas- Reunião com a Eletrobras
16/12- Tarde- Reunião de avaliação e deliberação
Autor : Urbanitários DF | Fonte : Urbanitários DF