Na manhã desta quinta-feira, 14, foi realizada audiência pública na Assembleia legislativa do Estado do Pará (Alepa) em defesa da Eletrobras Eletronorte e demais empresas estatais do setor elétrico alvos da privatização pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
A audiência proposta pelo deputado Carlos Bordalo (PT-PA) contou com a participação de representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários, Sindicato dos Urbanitários no DF, Sindicato dos Urbanitários no Pará, Movimento dos Atingidos por Barragens, Central Única dos Trabalhadores e outras entidades.
O deputado pontuou que o setor elétrico vem sendo espaço de disputa de projetos. “O projeto privatista dos golpistas perderam quatro vezes nas urnas. Vinha sendo implementado o projeto da inclusão daqueles que haviam sido excluídos do desenvolvimento por não possuírem energia elétrica. Graças ao Luz para Todos, do governo Lula e Dilma, 270 mil domicílios no Pará foram incluídos no sistema, através da Eletronorte” disse Bordalo. Ele destacou ainda que em todas as partes do mundo está acontecendo a reestatização de serviços essenciais e estratégicos e o Brasil caminha na contramão.
O presidente do STIU-PA, José Bianor, informou sobre a campanha l “Energia não é Mercadoria” contra a privatização da Eletrobras e Eletronorte que está sendo desenvolvida pelo CNE e FNU em todo o território nacional. Bianor denunciou que o presidente Temer tem interesse em entregar o setor elétrico do Brasil à China. “Não podemos aceitar esse desmonte do estado nação. Estamos reagindo contra a entrega do patrimônio público brasileiro. Vender a Eletrobras e Eletronorte é entregar nossos rios ao capital internacional”, enfatizou Bianor.
Cássio Bitar, da Defensoria Pública do Estado, afirmou que privatizar representa elevação no preço da tarifa de energia, o que atinge interesses dos consumidores, sobretudo de baixa renda. Bitar assegura que parte da ineficiência das estatais privatizadas se deve à ineficácia das agências de fiscalização. “O Ministério Público do Estado e Federal recomendam que a Aneel volte a ter representação no Pará.
Para o dirigente do STIU-DF, Carlos Campos, a Eletrobras visa principalmente o desenvolvimento do Brasil e busca atender à população brasileira. “É o papel dela chegar às pequenas comunidades porque a energia não é mercadoria, é uma questão social e estratégica”, disse.
DEFESA DA SOBERANIA
Foi informado que o CNE e FNU integram o movimento pelo Dia Nacional em Defesa da Soberania do Brasil, anunciado por Iury Paulino, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que acontece no dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro.
Por sugestão do deputado Bordalo, será criada uma Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletrobras e Eletronorte no estado juntamente com sindicatos e movimentos sociais para fazer um alerta à população e discussão com a sociedade sobre o risco que corre o Brasil com a venda de estatais essenciais e estratégicas ao desenvolvimento, à soberania e à cidadania do país.
Por Eliete Ramos e Roberta Quintino
Fonte: Urbanitários DF