O ano era o de 1984. As turbulências geradas pela ditadura militar iniciada em 1964 ainda criavam ondas de repressão e de censura. O revolucionário de plantão na Presidência da República era uma alta patente do Exército Nacional chamado João Batista Figueiredo.
O País, tentava sobreviver em meio a uma economia recessiva resultante de décadas de desmandos, abusos e irresponsabilidades administrativas. Em meio a esse conturbado quadro político outro fato chamava a atenção de todos os Rondonienses. Rondônia deixava de ser território e vivia a glória de ser mais um dos Estados da República Federativa do Brasil. O primeiro Governador foi Jorge Teixeira, e com ele Rondônia começava a construção de toda a sua estrutura administrativa e funcional.
Rondônia já contava com serviços essenciais para o desenvolvimento do Estado tais como a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-CAERD; a Centrais Elétricas de Rondônia -CERON e a Centrais elétricas do Norte do Brasil S/A, ELETRONORTE.
Essa é a fotografia pouco detalhada de um momento muito importante. O início de um trabalho conjunto que iria se transformar no futuro, em um dos sindicatos mais atuantes do Brasil, e que com esforço e tenacidade proporcionaria mais qualidade de vida para milhares de pessoas no potencialmente progressista Estado de Rondônia.
O NASCIMENTO DO SINDUR
O Sindur foi fundado em 18 de outubro de 1984. Nasceu com o nome de Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Rondônia, sendo reconhecido oficialmente em 26 de novembro de 1985 através do processo 24410000775/drmtb/Ro.
O primeiro Presidente da recém nascida entidade foi INÁCIO AZEVEDO SILVA, funcionário da Ceron, cujo mandato realizou feitos extraordinários em prol da comunidade do Estado, abraçando os propósitos da entidade de estar sempre atenta às questões sociais e ao assistencialismo.
E a luta se iniciava. Nesse período, na plena intenção de defender os interesses e direitos de seus associados, o Sindur vence sua primeira batalha: negocia o primeiro Acordo Coletivo de Trabalho com a Ceron e a Caerd, onde, além das conquistas da CLT, garante índices de reajustes salariais, um fato inusitado em um País onde apenas as grandes categorias tinham esse direito. Outras vitórias foram alcançadas nessa primeira luta. A reboque desse primeiro troféu vieram a licença prêmio, a complementação do auxílio doença, o seguro de vida, a liberação de dirigentes e a assistência médica. Tudo isso sem contar com produtividade e garantia de empregos.
Mesmo recém criada, a Associação abria novas frentes de luta. Conquistas importantes, desta vez com a Eletronorte, se transformaram em acordos, provenientes de discussões com sindicatos, diretamente em Brasília.
Dado ao volume dos seus trabalhos o Sindur cresce e amplia também sua importância no cenário nacional do sindicalismo. Transforma-se em sindicato forte, filiado a CUT – Central Única dos Trabalhadores e a FNU – Federação nacional dos Urbanitários. Assim, O Sindur passa a prestar serviços cada vez mais relevantes e assume definitivamente sua denominação atual: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Rondônia, com resultados tão positivos que o levam a ser considerado um dos primeiros sindicatos combativos do Estado.
