Representantes das principais centrais sindicais do Brasil, reunidas ontem em São Paulo, decidiram afirmar publicamente que são contrários ao “conteúdo” das reformas propostas por Temer – a previdenciária e a trabalhista – e a terceirização sem limites, e que vão se mobilizar para impedir a aprovação de retrocessos ou retirada de direitos.
O anúncio ocorre 20 dias após alguns dirigentes sindicais, presentes ao anúncio da reforma trabalhista no Palácio do Planalto, terem tecido elogios públicos à proposta. A CUT não participou da cerimônia e desde o início do governo do ex-vice-presidente da República tem se posicionado contrária à retirada de direitos.
Essa posição foi reiterada ontem por Quintino Severo, secretário de Administração e Finanças da CUT, que falou em nome da Central durante a reunião. “O que prevaleceu ontem foi a proposta de consenso para impedir a retirada de direitos”, relatou Quintino.
As centrais também decidiram enviar carta à Presidência da República reivindicando que o governo não peça urgência na tramitação das duas propostas.
Foi a primeira reunião das centrais neste ano. Participaram representantes da Força, da Conlutas, da CTB, da Nova Central, CSB e da UGT.
Fonte: CUT