O Sindur, através do Secretário de Imprensa, Gilson Queiroz participou do I Encontro de Comunicação da FNU e da CNU que aconteceu no último dia 05 de abril, na sede da AMB, em Brasília. O presidente da Federação, Pedro Blois, saudou os dirigentes e jornalistas presentes, e falou da importância da comunicação para fazer o enfretamento com o governo golpista de Temer. “Sem dúvida a hegemonia das grandes empresas de comunicação foi fundamental para o sucesso do golpe, e agora trabalha para legitimar a retirada de direitos contra a classe trabalhadora, como por exemplo, as reformas da previdência e trabalhista. Portanto, para se contrapor a esse processo precisamos melhorar nossa comunicação com os trabalhadores e a sociedade, pois a meu ver ainda estamos atrasados nessa área, por isso a importância desse encontro, de trazer através dos debates novas perspectivas de ação”, disse.
A Secretária de Comunicação da FNU, Iara da Costa Nascimento, ressaltou a necessidade da realização deste encontro. “Pela primeira vez conseguimos reunir os profissionais da área e dirigentes para debater a comunicação sindical, mesmo diante da incompreensão de alguns que não compareceram ao evento. E a atual conjuntura pede a cada dia mais envolvimento do setor de comunicação para fazer o embate contra o projeto neoliberal de Temer de privatização das empresas públicas. Portanto, vamos continuar lutando para que eventos como esse voltem a acontecer com regularidade”, falou ela.
Zilnete Lima, Secretária de Comunicação da CNU, destacou a importância desse tipo de atividade. “Não há duvidas que a conjuntura atual é preocupante, com ataque frontal deste governo ilegítimo as entidades sindicais, portanto, devemos nos organizar melhor no campo da comunicação. Sindicatos, FNU e CNU devem caminhar juntos e afinarem seus discursos”, disse.
A palestrante da parte da manhã foi a Jornalista, Historiadora e Coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, Claudia Santiago Gianotti, que falou sobre a importância da disputa da comunicação no país. “Os profissionais da imprensa sindical tem que estar convencidos da importância da luta contra o neoliberalismo e monopólio das comunicações, como é o caso da Rede Globo, que interfere no processo democrático do país, apoiando golpes para resguardar os seus interesses econômico”, falou. Ela lembrou também que nos anos 90 0 movimento sindical tinha quadros preparados nos sindicatos e nas federações para fazer o enfrentamento do discurso através da comunicação sindical. “Temos esse legado que precisa ser retomado na atual conjuntura”, disse.
Claudia Gianotti alertou que os sindicatos precisam fortalecer suas equipes de comunicação “É preciso valorizar o profissional de imprensa dos sindicatos, dar melhores condições e investir em jornais bem produzidos, boletim eletrônicos, redes sociais, enfim, usar todas as ferramentas que for possível, pois esse conceito da disputa hegemônica da comunicação, cunhado por Vitor Gianotti, se faz dessa forma não há outro caminho”, finalizou.
A Assessora de Comunicação da CUT-GO, Maísa Lima, abordou em sua palestra a iniciativa da Central em construir uma rede de comunicação. “A ideia de se criar esta rede veio da observação de que era possível mudar, criar novas condições para ampliar a comunicação entre os sindicatos. Hoje temos uma radioweb onde nove sindicatos participam da elaboração e veiculação das noticiais, das mais variadas possíveis. O projeto vai ser ampliado com a contratação de mais jornalistas e a finalização de um estúdio próprio de rádio da CUT. Outra ação planejada é a participação dos sindicatos filiados na disputa de uma concessão de outorga para uma rádio comunitária no Estado”, falou.
O Produtor da TVT, Hamilton Rocha, falou sobre a importância do que representa para os trabalhadores a existência de uma televisão com um novo discurso, diferente do que prega a mídia golpista. “Não podemos nos iludir, já que a situação é grave. O governo ilegítimo não dará trégua ao movimento sindical, fato que poderá até mesmo colocar em risco o futuro das entidades. Portanto, é preciso fazer o enfrentamento da comunicação apostando e apoiando a TVT, uma emissora criada para ter lado, o lado dos trabalhadores e de povo brasileiro. Temos visitado o país inteiro buscando junto aos sindicatos parceiros que possam se somar nessa luta, de levar uma comunicação popular e plural. A contribuição para manter no ar a emissora é fundamental. Portanto, nos colocamos à disposição para discutir com todos, não só no aspecto financeiro, mas também na colaboração através de parcerias para gerar conteúdo e divulgação nos sites dos sindicatos”, falou.
Após todas as palestras foram abertas inscrições onde todos os participantes puderam fazer seus questionamentos aos convidados. Essa ação enriqueceu ainda mais o encontro, com a troca de ideias e a defesa de posições.
No dia 06, quinta-feira, na parte da manhã será realizado trabalho de grupo, e os encaminhamentos necessários para aprovar novas ações na área da comunicação urbanitária.