Estamos recebendo noticias que em certas localidades pertencentes a Regional Sul, como também na cidade de Aquidabã e várias outras, que a DESO está sofrendo diversos processos judiciais. O fato decorre que a companhia não estaria cumprindo em tempo o que manda a lei: a efetivação de ligação de água nas residências.
Isto ocorre porque a companhia não dispõe ainda, apesar do concurso público, de mão-de-obra suficiente para efetuar atividades fins; sendo assim, ela terceiriza o serviço através de uma empresa de nome CAMEL para executar os serviços. Pois bem, essa terceirizada, por gozar de diversos contratos com a DESO (que até parecem ser vitalício), também não tem pessoal suficiente para trabalhar. Sendo assim, ela usa o recurso nefasto da QUARTEIRIZAÇÃO, sublocando o serviço para outra empresa, que geralmente pertence ao mesmo grupo, mas com o nome diferenciado para não levantar suspeita.
Esta gata quarteirizada, por não ter compromisso nenhum com a DESO, executa o serviço de qualquer maneira, sem prazo de execução, sem critério técnico algum, sem fiscalização nenhuma por parte da DESO, nem tampouco da CAMEL.
Desta maneira, sobra para a própria DESO, que mesmo com seu baixo efetivo tentar corrigir essas distorções para não cair nas barras da justiça, a ponto de mandar seus funcionários executarem ligações a toque de caixa, às vezes usando hidrômetros usados e sem confiabilidade técnica na medição.
A Diretoria da DESO precisa rever esta forma de administrar a Companhia, afinal de contas, quanto estoura uma situação como essa o nome em jogo perante a população não é o da Camel ou outra terceirizada qualquer, mas sim da DESO, que deve prestar um serviço de alta qualidade para toda a população.
Aproveitamos também para lembrar os chefes da DESO que junto com essas informações também chegam várias denúncias, embora não confirmadas até o momento, de ligações de água sendo feita a revelia da Companhia, motivado pelo descontentamento dos trabalhadores das diversas empresas terceiradas – e agora quarteirizadas – pelo não recebimento de seus devidos salários. E o que é pior: essas mesmas empresas alegam não receber as suas faturas em tempo hábil, como se o salário de seus funcionários estivessem diretamente atrelados ao recebimento desta ou daquela fatura.
Fatos como esses só depõem contra a DESO. Todos sabemos que quando se terceiriza um serviço, a contratante se torna uma responsável solidária, respondendo, inclusive, criminalmente pelos malfeitos da sua querida terceirizada.
O SINDISAN se solidariza com todos esses trabalhadores terceirizados, que passam por esses desmandos administrativos no dia a dia de suas árduas tarefas, sem serem olhados por ninguém que lhes deem segurança jurídica para tantos descalabros. Pedimos insistentemente a esses colegas de luta que leiam este texto, e nele vejam um instrumento de repúdio e, ao mesmo tempo, uma voz de insatisfação para todos aqueles que hoje se sentem ultrajados.
O SINDISAN reitera que jamais bate na figura pessoal do trabalhador terceirizado, e sim na forma dissimulada e maquiavélica de como as coisas são efetivadas, geralmente para beneficiar alguns espertos, que têm compromissos assumidos com outros e, nesse mar de lama, fatalmente só sobra para toda a massa trabalhadora, que veem no final do contrato, toda a sujeira arquitetada durante anos vir à tona.
Autor : FNU-CUT | Fonte : FNU-CUT